Mercadorias do Império: A História que seu professor não contou (parte 2)
(Por Henrique Luna- "O Cão sem Plumas")
(Por Henrique Luna- "O Cão sem Plumas")
Coitado do marquês do Lavradio! Se o tal decreto deu certo ou não, ninguém sabe. Mas as más línguas da época diziam que ele era genuinamente azarado. Dias depois, quando sorrateiramente, deixa a casa de uma de suas amantes, cai na vala negra da atual rua Uruguaiana, uma pocilga que recebia os dejetos provenientes da lagoa da Carioca. Lascou-se! Isso é o que se pode chamar de estar na fossa, ou pra ser menos delicado e mais exato, na merda. A combinação, como podem ver, era a melhor possível: mercadoria aliada à falta de banhos.... Que beleza rssss!!!! Por cima um perfume de leve, tava tudo nos trinques. Eca! A falta de banhos, gente minha, era um charme europeu. Na França, Luís XIV vive 77 anos sem sequer molhar os pés [!!!!]. Luís XV só toma o primeiro banho antes de morrer, quando contrai varíola. Quém-quém-quéeeemmmmm.... tarde demais!
Nas cartas que escreve a Joséphine, o imperador Napoleão Bonaparte suplica que a amada nunca se banhe, pois adora sentir o seu "perfume natural". Não é a toa que a indústria do perfume se desenvolve mais na terra onde o cecê é mais forte. Os pós de maquiagem que a mulherada gosta, usa pra ficar mais bonita, elegante, naqueles tempos serviam para disfarçar as doenças de pele. As perucas escondem os piolhos que passeiam pela cabeleira de muita gente boa. De vez em quando, passa-se um pano úmido sobre a pele para remover o cascão e o tecido morto. E é só. Se na França é assim, Portugal não podia ficar pra trás. O hábito é tomar, no máximo, quatro banhos por ano, na mudança de cada estação. É quando se troca a roupa de cima. As de baixo.... bem, hum-hum, as de baixo.... permanecem as mesmas [!!!!]. Havia uma crença de que os homens temiam perder a virilidade e as mulheres, a fertilidade. Melhor nem imaginar [rsss].
__________
Fontes de consulta:
Aizen, Mário; e Pechman, Robert Moses; Memória da limpeza urbana no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Coopim/Comlurb, 1985, il.
Edmundo, Luiz; A côrte de D. João no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Editora Conquista, 1957, 3 vols., il.
Nas cartas que escreve a Joséphine, o imperador Napoleão Bonaparte suplica que a amada nunca se banhe, pois adora sentir o seu "perfume natural". Não é a toa que a indústria do perfume se desenvolve mais na terra onde o cecê é mais forte. Os pós de maquiagem que a mulherada gosta, usa pra ficar mais bonita, elegante, naqueles tempos serviam para disfarçar as doenças de pele. As perucas escondem os piolhos que passeiam pela cabeleira de muita gente boa. De vez em quando, passa-se um pano úmido sobre a pele para remover o cascão e o tecido morto. E é só. Se na França é assim, Portugal não podia ficar pra trás. O hábito é tomar, no máximo, quatro banhos por ano, na mudança de cada estação. É quando se troca a roupa de cima. As de baixo.... bem, hum-hum, as de baixo.... permanecem as mesmas [!!!!]. Havia uma crença de que os homens temiam perder a virilidade e as mulheres, a fertilidade. Melhor nem imaginar [rsss].
__________
Fontes de consulta:
Aizen, Mário; e Pechman, Robert Moses; Memória da limpeza urbana no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Coopim/Comlurb, 1985, il.
Edmundo, Luiz; A côrte de D. João no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Editora Conquista, 1957, 3 vols., il.
Nenhum comentário:
Postar um comentário