sexta-feira, 30 de maio de 2014

Insight



Ao me acomodar para dormir veio-me um insight, que com certeza resultaria numa excelente pequenitude.(http://pequenitudes.blogspot.com.br/). Sem querer me arriscar a perder tal preciosidade, ao acordar com a costumeira amnésia, apelei ao meu  meu "hd externo"', compartilhando com ele a ideia. entretanto, acordamos desmemoriados e ficamos horas, inutilmente tentando trazer de volta o esquecido. 
Reconstruimos todo o cenário anterior, as conversas, os contextos. Nada funcionou. Estava perdido para sempre meu conto de inspiração divina que poderia, no mínimo, constar do cânone literário brasileiro.

O que restou foi o fragmento  de um  sonho que, claro, não vou  publicar aqui por não se adaptar ao estilo a que se propõe o blog, como constatarão a seguir: "Numa sessão extraordinária na Câmara dos Deputados, aberta para discutir porcaria nenhuma, sobre patavina de nada, parlamentares trocam saudações afetuosas entre si : 'vossa excelência é um cagão, um grandessíssimo fdp' ; 'vossa excelência é um salafrário, mentiroso, um filho de uma ronca e fuça'. 'Vossa excelência é um líder?? Vossa excelência não passa de um larápio, um meliante, um corrupto e suas ações que afrontam a Constituição brasileira'

De repente, um dos bichões da fila esquerda olha pro lado e exclama a plenos pulmões: 'oxente, alguém cagaram no recinto! Exigimos mais respeito nesta merda de Casa!'. Ao que o grandão da direita retruca: 'vamos fazer uma moção de desagravo, haja vista a extrema deselegância retórica, equivocada e escatológica dos safados nobres companheiros, que fere mortalmente as normas regimentais desta bosta de casa de mãe Joana. E, sem mais, para concluir os trabalhos, em nome do excelentíssimo senhor presidente, - que precisou se ausentar às pressas, por uma causa justa -, visando restabelecer a ordem, apelo ao fantasma cagão, que se apresente sem delongas, sob pena de todos poderem recorrer ao direito de resposta, além de, daqui para a frente, obstruir quaisquer pautas de votação nesta merda de casa, até que o vagabundo se retrate, em nome desse povo brasileiro de bosta!' "

Inês Mota


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