sexta-feira, 13 de julho de 2007

"Cría Cuervos... (y te sacarán los ojos)

¿Por que te vas?
(Jeanette-1975)
Hoy en mi ventana brilla el sol,
y el corazón se pone triste
contemplando la ciudad,
por qué te vas.

Como cada noche,
desperté pensando en ti
y en mi reloj todas las horas vi pasar
por qué te vas.

Todas las promesas de mi amor
se irán contigo,
me olvidarás,
me olvidarás.

Junto a la estación hoy lloraré
igual que un niño,
por qué te vas,
por qué te vas.

Junto a la penumbra de un farol,
se dormirán
todas las cosas que quedaron por decir,
se dormirán.

Junto a las manillas de un reloj,
esperarán
todas las horas que quedaron por vivir,
esperarán.

Esta música é tema do filme Cria Cuervos, (Do provérbio espanhol "Cria cuervos y te sacarán los ojos") do espanhol Carlos Saura, protagonizado por Geraldine Chaplin (Esposa desse cineasta e filha de Charles Chaplin)
Gosto em especial da cena do filme em qua a pequena Ana liga a vitrola e dança ao som da música.
Sinopse: Ana, com apenas nove anos, vê os pais morrerem no espaço de um ano – a mãe, sofrendo intensas dores, agoniza diante de Ana, com o que se supõe seja uma hemorragia uterina, após longa doença; o pai morre algum tempo depois, no leito do casal, numa relação sexual com a mulher de seu melhor amigo.

Do lado de fora do quarto, Ana escuta os estertores do pai e vê Amélia, a amante, fugir assustada. Ana, julga-se responsável pela morte do pai. Imagina tê-lo envenenado com o bicarbonato de sódio, "um veneno terrível", que colocara em seu leite e que ela guardava numa caixinha, que a mãe pedira pra que jogasse fora.

Cría Cuervos foi lançado no ano da morte do General Francisco Franco e mostra uma Espanha ainda soturna, vivendo sob a sombra da ditadura - formada por militares, Igreja Católica e outros expoentes de direita - que dominou o país por 40 anos.
O filme é sobre a velha e doente Espanha (representada por duas gerações de mulheres) e a Espanha que está nascendo, representada por Ana, cheia de culpas e, assim como o País pós Franco, buscando um futuro nobre, mas aprisionada pelo passado.

"Não sei por que certas pessoas se referem à infância como a época mais feliz de suas vidas. Eu lembro os meus dias de criança, como um período interminável, monótono e triste, onde o medo dominava tudo – medo do desconhecido. Para mim, o paraíso infantil não existe. Não acredito na bondade, nem na inocência das crianças."Ana, em Cría Cuervos.



Share/Save/Bookmark

Nenhum comentário: