Catarina, a vagem seca de tamarindo,
Geraldo, uma garganta vermelha irritada
E Glória, um vidro de compota de goiaba.
Arroz deveria chamar-se catapulta,
Almôndega, o banco de madeira da pracinha
Sorvete, um livro com cheiro de azul royal,
Porque moela é uma caixa guarda - jóias.
Camelo é uma linha no azul do horizonte,
Tilacino, a máquina que derruba castanheiras,
Suricato, a sovela rombuda do sapateiro
E urubu, um sapinho que foi para o céu.
Porque estética é um elástico que perdeu a força
E soneto, um travesseiro de penas de Petrarca.
Inês Mota
2 comentários:
muito bom
bom mesmo
Obrigada, pela visita, Henrique. Um abraço.
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