terça-feira, 1 de julho de 2008

Arrochando o nó do cabresto.

Na última quarta-feira, o Presidente Lula anunciou um reajuste de 8% nos valores do Programa Bolsa Família.
O aumento implicará gastos extras na ordem de 400 milhões para o governo.
Ele rebateu com veemência as críticas de que o reajuste tenha caráter "eleitoreiro" pelo fato de haver sido concedido em ano eleitoral e de começar a vigorar antes das eleições municipais, a partir de hoje, 1° de julho.
É inegável, que programas sociais como O Bolsa família, funcionam como paliativos, e geram dependência. Mas, claro, rendem votos. Muitos votos! E o governo não abre mão dessa máquina. Os beneficiários temem perder a quantia mensal que embolsam sem esforço. Assim, acabam votando em quem as fornece. Isso, mantém o statu quo, onde ambos tiram proveito . Uma relação harmoniosa e perfeita, um mutualismo, um acordo que nenhum dos indivíduos da cadeia tenciona quebrar.
Embora, o investimento talvez fosse mais proveitoso, mesmo com efeito a longo prazo, se aplicado no incremento da economia; na geração de empregos; na educação de qualidade. Quem sabe assim, as crianças de hoje não se transformariam nas "beneficiárias" do futuro.
Se na visão do governo, era uma medida realmente necessária, devido o aumento do custo de vida, como alegado, bem que ela poderia ter sido adotada no final do ano passado.
Para mim, atitudes como esta e tantas outras, como obras e verbas liberadas para políticos aliados em véspera de eleição, se configuram sim, descaradamente, na compra de voto, por mais refutadas que sejam.



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2 comentários:

teianeuronial disse...

Estou com um pendor anarquista para as próximas eleições...

Um criatura.Um ser. disse...

As vezes me pergundo o que é uma leitura "consciente".
O que é uma leitura esclarecedora. . .
O que é uma postura crítica. . .
O quão somos todos influenciáveis pelas nossas conviccões.
Bom, vamos dizer que eu discordo de você.
Hasta...