Estou deixando a minha revista. Quer dizer, estou cancelando a assinatura de minha revista semanal, que seria renovada no próximo mês. Mandei um e-mail dando ciência ao Serviço de Atendimento ao Consumidor e recebi um outro de volta, solicitando entre outros dados, o devido esclarecimento sobre os motivos da minha atitude. Na hora, achei melhor dizer pra eles que estou em contenção de despesas. O que é a mais pura verdade. (Muitos brasileiros andam adotando ações profiláticas e de emergência tentando driblar a quase esquecida inflação que ora volta a assustar com toda a força).
Mas depois me arrependi. Eu poderia ter falado com todas as letras, o real motivo da minha decisão: É a revista. Ela está uma droga!
Ela já vinha torrando a minha paciência há algum tempo. Amiúde, eu me perguntava: porque estou lendo isso? E não estou nem considerando como agravante a sua incontestável linha editorial tendenciosa, porque provavelmente todas elas o são, em maior ou menor grau. Só para ilustrar um pouco: Algumas entrevistas nas Páginas Amarelas . Como a revista pode ocupar um espaço tão nobre como aquele para estampar certas inutilidades que por lá figuraram ?
Dentre outras coisas, fiquei indignada, com um artigo sobre a separação de um famoso ex-jogador de futebol , com a forma irresponsável de como o assunto foi abordado pela revista.
Vale citar ainda as "mini-entrevistas" preconceituosas e de profundo mau gosto, na coluna "Holofote", que expõe pessoas ao rídiculo com perguntas idiotas.
Mas o que mais pesou nessa decisão, foi a reportagem de capa, sob o título: “A Escolha de Ronaldo – O “Fenômeno” podia ser um Pelé, mas de escândalo em escândalo sua imagem se desfaz como a de Maradona”. Ronaldo é, inegavelmente, uma personalidade pública. Talvez umas das pessoas mais conhecidas do mundo. Mas, as trapalhadas dele numa noite de farra, depois de um suposto desentendimento com a noiva, merecia mesmo a reportagem de capa, com cinco páginas sobre o assunto? O leitor estaria realmente interessado nisso?
Para mim, pouco importa o extenso elenco de namoradas famosas que o ídolo já teve ( A revista faz uma “profunda” análise sobre as causas dos fracassos das relações amorosas do jogador); não estou absolutamente preocupada com especulações acerca das reais preferências sexuais dele; ou com a sua espetacular trajetória profissional; ou com o fabuloso patrimônio daí advindo. Muito menos se freqüenta casas de prostituição, se bebe muito e se está com excesso de peso.
A reportagem, em toda sua extensão é repleta de piadinhas de humor deslocado e sem graça :“ (...) A imagem de Ronaldo descabelado e destruído, ao lado de travestis em uma delegacia carioca, rodou o mundo. No Brasil virou a piada da semana”. Putz!! Qual é mesmo a graça disso tudo? Isso é, afinal, motivo de piada?
O “Fenômeno” podia ser um Pelé”. Mas em que aspecto? Como jogador, embora com meus parcos conhecimentos no assunto, diria que Ronaldo não ficou nada a dever. E Pelé , com a atitude indigna e repugnante no processo de reconhecimento de paternidade de uma filha, não é exatamente o modelo ético mais apropriado a ser seguido.
Mas na opinião da revista, O Ronaldo bem que poderia se inspirar no Kaká. Ah, o Kaká por que não? A revista diz: “(...) o jogador de Futebol Kaká, é o que Ronaldo vem deixando de ser : Atleta consagrado, modelo de bom moço e garoto-propaganda perfeito” e “ele jura que se casou virgem”!!!...
Fica assim combinado, então: O Ronaldo pode seguir o exemplo que quiser. Ou não seguir nenhum. Poder ser quem quiser ser. Inclusive ele mesmo. Cheio de imaturidades e defeitos, como todo mundo, mas, ele mesmo.! Porque ele tem o direito de conduzir a vida particular da forma que mais achar conveniente.
A revista em tela, pode e talvez continue com sua linha editorial, com seu estilo jornalístico equivocado.
E quanto a mim, também faço escolhas: Recuso-me a aceitar o desfavor , o supra- sumo do anti -jornalismo imbecil. Pretendo daqui por diante, selecionar com mais cuidado, as minhas fontes de informação.
Hasta la Vista!!
Ela já vinha torrando a minha paciência há algum tempo. Amiúde, eu me perguntava: porque estou lendo isso? E não estou nem considerando como agravante a sua incontestável linha editorial tendenciosa, porque provavelmente todas elas o são, em maior ou menor grau. Só para ilustrar um pouco: Algumas entrevistas nas Páginas Amarelas . Como a revista pode ocupar um espaço tão nobre como aquele para estampar certas inutilidades que por lá figuraram ?
Dentre outras coisas, fiquei indignada, com um artigo sobre a separação de um famoso ex-jogador de futebol , com a forma irresponsável de como o assunto foi abordado pela revista.
Vale citar ainda as "mini-entrevistas" preconceituosas e de profundo mau gosto, na coluna "Holofote", que expõe pessoas ao rídiculo com perguntas idiotas.
Mas o que mais pesou nessa decisão, foi a reportagem de capa, sob o título: “A Escolha de Ronaldo – O “Fenômeno” podia ser um Pelé, mas de escândalo em escândalo sua imagem se desfaz como a de Maradona”. Ronaldo é, inegavelmente, uma personalidade pública. Talvez umas das pessoas mais conhecidas do mundo. Mas, as trapalhadas dele numa noite de farra, depois de um suposto desentendimento com a noiva, merecia mesmo a reportagem de capa, com cinco páginas sobre o assunto? O leitor estaria realmente interessado nisso?
Para mim, pouco importa o extenso elenco de namoradas famosas que o ídolo já teve ( A revista faz uma “profunda” análise sobre as causas dos fracassos das relações amorosas do jogador); não estou absolutamente preocupada com especulações acerca das reais preferências sexuais dele; ou com a sua espetacular trajetória profissional; ou com o fabuloso patrimônio daí advindo. Muito menos se freqüenta casas de prostituição, se bebe muito e se está com excesso de peso.
A reportagem, em toda sua extensão é repleta de piadinhas de humor deslocado e sem graça :“ (...) A imagem de Ronaldo descabelado e destruído, ao lado de travestis em uma delegacia carioca, rodou o mundo. No Brasil virou a piada da semana”. Putz!! Qual é mesmo a graça disso tudo? Isso é, afinal, motivo de piada?
O “Fenômeno” podia ser um Pelé”. Mas em que aspecto? Como jogador, embora com meus parcos conhecimentos no assunto, diria que Ronaldo não ficou nada a dever. E Pelé , com a atitude indigna e repugnante no processo de reconhecimento de paternidade de uma filha, não é exatamente o modelo ético mais apropriado a ser seguido.
Mas na opinião da revista, O Ronaldo bem que poderia se inspirar no Kaká. Ah, o Kaká por que não? A revista diz: “(...) o jogador de Futebol Kaká, é o que Ronaldo vem deixando de ser : Atleta consagrado, modelo de bom moço e garoto-propaganda perfeito” e “ele jura que se casou virgem”!!!...
Fica assim combinado, então: O Ronaldo pode seguir o exemplo que quiser. Ou não seguir nenhum. Poder ser quem quiser ser. Inclusive ele mesmo. Cheio de imaturidades e defeitos, como todo mundo, mas, ele mesmo.! Porque ele tem o direito de conduzir a vida particular da forma que mais achar conveniente.
A revista em tela, pode e talvez continue com sua linha editorial, com seu estilo jornalístico equivocado.
E quanto a mim, também faço escolhas: Recuso-me a aceitar o desfavor , o supra- sumo do anti -jornalismo imbecil. Pretendo daqui por diante, selecionar com mais cuidado, as minhas fontes de informação.
Hasta la Vista!!
2 comentários:
O pior é que há muita gente a quem interessa esse tipo de reportagem. O povo precisa sempre estar de olho, vigiando seus heróis para que eles não cometam um pecado. Tudo ganha ares de um drama, uma tragédia e/ou comédia da vida real, que emociona os expectadores. Na falta de mitos, as pessoas destes dias os substituem por...
Substituem os mitos, por pessoas.
Que mostram que cada vez mais são... humanas.
A curiosidade banal não signfica idolatração.
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