Cuando éramos niños
los viejos tenían como treinta
un charco era un océano
la muerte lisa y llana
no existía.
luego cuando muchachos
los viejos eran gente de cuarenta
un estanque era un océano
la muerte solamente
una palabra
ya cuando nos casamos
los ancianos estaban en los cincuenta
un lago era un océano
la muerte era la muerte
de los otros.
ahora veteranos
ya le dimos alcance a la verdad
el océano es por fin el océano
pero la muerte empieza a ser
la nuestra.
Historia de GetxoBlog, bloggers de Getxo, Euskadi y alrededores
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La *Asociación Cultural GetxoBlog*, un proyecto nacido en 2008 en el
municipio de Getxo, se ha consolidado como una plataforma de encuentro para
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Há 3 horas
2 comentários:
Oi Inês.
Impediosamente verdadeiro o poema do Benedetti. Por sorte o li num momento em que estou insensatamente otimista (de outro modo me deixaria encharcar pela melancolia), assim me permito contestar o poeta e dizer que por fim, no meio do oceano, descubro que a morte não precisa ser necessariamente o fim: as palavras - e o que fizermos delas - podem nos tornar imortais. Minha filha dará continuidade à parte do que sou, mas o neto que um dia terei (e tu já tens, motivo da minha inveja saudável) perpetuará o meu legado existencial. É (será) o meu guri. Como dizia meu avô Daniel: o meu negrão.
Um beijo recheado de alegria e molhado de otimismo.
Inês,
Graças a você, tenho tomado conhecimento da poesia de Benedetti, pois até então só conhecia a sua prosa, de que gosto muito. "A Trégua" (não sei se você conhece) é uma pequena (na extensão)obra-prima, mas "A Borra do Café" é muito bom. Um grande abraço.
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