A PANTERA
Rainer Maria Rilke
(No Jardin des Plantes, Paris)
De tanto olhar as grades seu olhar
esmoreceu e nada mais aferra.
Como se houvesse só grades na terra:
grades, apenas grades para olhar.
A onda andante e flexível do seu vulto
em círculos concêntricos decresce,
dança de força em torno a um ponto oculto
no qual um grande impulso se arrefece.
De vez em quando o fecho da pupila
se abre em silêncio. Uma imagem, então,
na tensa paz dos músculos se instila
para morrer no coração.
Um comentário:
Na busca por Rilke encontrei o seu blog.
E Rainer Maria Rilke é simplesmente fabuloso, através dele revejo-me, sinto e caminho.
Neste caminho descobri-o a si :)
http://aarrobadaspalavrasblogspot.com
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