quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Neto: todo mundo deveria ter um.

Faz apenas oito dias que Paulinho está viajando e já me bateu uma saudade danada do moleque. Às vezes até escuto sua tagarelice pela casa, perguntando se o almoço já tá pronto, pedindo os brinquedos ou reclamando que o audio do filme não está em português.





Sinto falta do seu “Boa noite vovozinha velhinha porquinha”, uma alusão à história dos três porquinhos que sempre conto pra ele - cada dia numa versão diferente , onde os personagens são todos amigos, o lobo é do bem e ajuda na construção da casa - e do jeito que ele se encolhe todo, já esperando o beijo debaixo da axila como punição pelo “porquinha” , ou quando retruca todo chateado que não é mais bebê.




Para minha alegria, em dois dias ele deve estar de volta. Talvez me chame para ir à praia logo que acordar no dia seguinte, porque é louco pelo mar, assim como a avó. Adora fazer castelos na areia e se divertir com os "caldos" que as ondas dão em nós dois.





Provavelmente vai vestir sua roupa de Batman, fazer as mais variadas performances diante do espelho. Quando eu pedir um beijo, vai responder, encarnando o personagem: “Vovó, o Batman não beija", ou "O Batman não toma gagau”, recusando um copo de leite. E eu vou me divertir, tentando confundí-lo, dizendo: "Batman, você pode brincar um pouco com Paulinho na sala?” e ele me olhar com a cara mais engraçada do mundo, um sorrisinho maroto entre surpreso e divertido, como se pensasse: Será que vovó não sabe que eu e o Batman, somos a mesma pessoa?







Não sei se vou conter o riso quando na rua, ele indagar eufórico “mainha, o homem disse 'porra', posso dizer também, mainha?”,com a maior cara de felicidade do mundo, diante da possibilidade de ele também poder proferir o palavrão e em seguida, após rápida conferida na expressão desaprovadora da mãe, resignado, concluir: "Mas 'caramba!', pode!!"







Cuidar de neto dá trabalho? Dá sim. Claro! Requer muitos cuidados, atenções e tempo. Mas é algo maravilhoso. Gratificante. Preenche nossas vidas... Uma alegria indescritível.

É realmente como se costuma dizer: filho duas vezes.

Todo mundo deveria ter um.




















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Um comentário:

esteban lob disse...

Hola Inés:

Con mucho agrado devuelvo visita. Estoy recorriendo tus blog y deleitándome con tus escritos.

Te mando un abrazo.