terça-feira, 24 de julho de 2007

Versão brasileira: Herbert Richers
Quantas vezes ouvimos isso ? E por quantos nomes diferentes chamávamos Herbert Richers??? Há alguns dias ouvi a famosa frase na televisão. Até então não tivera a curiosidade de saber de quem se tratava. Até hoje. ..

"Herbert Richers é um personagem de cinema. Com uma diferença: ele fica do lado de cá das câmeras, já que grande parte da produção nacional realizada até hoje passou pelas suas mãos. São 50 anos, a metade da idade do cinema mundial, produzindo jornais, chanchadas, filmes, longas e curtas-metragens. Por isso, a história do cinema brasileiro poderia ser contada a partir da sua própria história. E nesse momento, quando comemoramos seu meio século de carreira, a Faculdade da Cidade lhe concede o título de professor Honoris Causa, uma homenagem prestada por faculdades a pessoas que deram sua contribuição para a cultura do país.
sr. Herbert
Paulista de Araraquara, Herbert Richers veio para o Rio de janeiro em 1942 para trabalhar no maior laboratório cinematográfico do país, que pertencia a um tio. A Herbert Richers S.A. foi fundada em 1950 e sua primeira produção foi um jornal cinematográfico que, em seis meses, conseguiu ser distribuído e exibido em mais de 2.000 cinemas, nas principais cidades do país.
Em vários momentos, Herbert Richers foi o precursor de novas tendências. Aconteceu assim com o Cinema Novo, quando este ainda estava a caminho. O filme "Os Cafajestes" trouxe inovação e mais sucesso. O dinheiro veio através de "Meu Pé de Laranja Lima"que, segundo o produtor, deu muito trabalho para realizar. Ele também foi responsável pelo surgimento de novos talentos, como e o caso de Vidas Secas , um longa produzido com Nelson Pereira dos Santos e que teve como diretor de fotografia Luiz Carlos Barreto - atualmente um dos mais conceituados produtores brasileiros.
A dublagem, como a conhecemos hoje em dia, foi introduzida pela Herbert Richers em 1960, com a ajuda de Walt Disney. Como a legenda na época não era boa, a televisão pequena, em preto e branco e sem definições, resolveram colocar vozes brasileiras nas produções estrangeiras. Hoje são dublados, em média 150 horas de filmes por mês, o que corresponde a setenta por cento da dublagem exibida nos cinemas. Ou seja, a marca registrada Herbert Richers não está presente apenas no que é feito no país, mas em grande parte do que recebemos de fora também.
dos cinemas para a nossa sala de estar
Um tour nostálgico pelos grandes nomes do cinema brasileiro e suas inesquecíveis interpretações. Isso se torna possível através do departamento de home vídeo criado pela distribuidora Herbert Richers. Seus primeiros lançamentos no mercado são a chave para se entrar em contato com a época de ouro das chanchadas, entre elas "Sai de Baixo", "Com Água na Boca", "Metido a Bacana"e "Com Jeito Vai". A partir de agora, esse acervo único, sonho de todo cinéfilo, poderá ser compartilhado em nossas próprias casas.



fonte: Estúdios Herbert Richers On-line (Jornal da Faculdade da Cidade - Edição comemorativa 100 anos do cinema e 50 de Cinema de Herbert Richers).



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