quinta-feira, 7 de maio de 2009

Alice através do Espelho - Hoje não é meu Desaniversário.

Ilustração : John Tenniel

"Nesta direção", disse o Gato, girando a pata direita, "mora um Chapeleiro. E nesta direção", apontando com a pata esquerda, "mora uma Lebre de Março. Visite quem você quiser, são ambos loucos."
"Mas eu não ando com loucos", observou Alice.
"Oh, você não tem como evitar", disse o Gato, "somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca".
"Como é que você sabe que eu sou louca?", disse Alice.
"Você deve ser", disse o Gato, "Senão não teria vindo para cá."


Ilustração : John Tenniel

“Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora daqui?”
“Depende bastante de para onde quer ir”, respondeu o gato
“Não me importa muito para onde”, disse Alice
“Então não importa o caminho que tome”, disse o gato
“Contanto que eu chegue a algum lugar”, Alice acrescentou à guisa de explicação
“Oh, isso você certamente vai conseguir”, afirmou o gato, “desde que ande bastante”



Ilustração : John Tenniel

"Quando eu uso uma palavra" - disse Humpty Dumpty num tom de escarninho - ela significa exatamente aquilo que eu quero que signifique … nem mais nem menos.
"A questão - ponderou Alice – é saber se o senhor pode fazer as palavras dizerem coisas diferentes."
"A questão - replicou Humpty Dumpty – é saber quem é que manda. É só isso."


"O que? Me desculpe? indagou Alice.
" Quer dizer, o que é um presente de não aniversário?
"Um presente dado quando não é nosso aniversário, é claro.

"Alice refletiu um pouco.
"Acho que gosto mais de presentes de aniversário" - concluiu finalmente.
" Você não sabe o que está dizendo" - gritou Humpty Dumpty
"-Quantos dias tem um ano?"
" 365, disse Alice.
" E quantos aniversários você tem?"
" Um só.
" E se você tira 1 de 365, quanto fica?"
"364, é claro
Alice não podia reprimir um sorriro enquanto tirava o caderninho de notas e escrevia a subtração para ele ver.
365
- 1
____
364
Humpty Dumpty pegou o caderninho e comtemplou-o cuidadosamente.
"Parece que está certo..."



Ilustração : John Tenniel

“Ninguém está na estrada”, disse Alice.
“Ah se eu tivesse olhos assim”, o rei observou num tom irritado.“Ser capaz de ver Ninguém! E, além disso, a uma tal distância! Ora, o máximo que consigo com essa luz é ver pessoas de verdade!"


"Vamos! Vamos! gritou a Rainha. Mais rápido! Mais rápido!
E correram tão depressa que por fim pareciam deslizar pelo ar, mal roçando o chão com os pés, até que de repente, bem quando Alice estava ficando completamente exausta, pararam, e ela se viu sentada no chão, esbaforida e tonta.
Alice olhou ao seu redor muito surpresa.
"Ora, eu diria que ficamos sob esta árvore o tempo todo!"
"Tudo está exatamente como era!"
"Claro que está, disse a Rainha, esperava outra coisa?"




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6 comentários:

Moacy Cirne disse...

Hoje é o seu desaniversário? Desparabéns, viu?! Desauroras procê.

Um grande desabraço.

Jens disse...

Tô com o Moacy, desparabéns.
Desbeijo. Não, desbeijo, não.
Um beijo. Ou melhor, dois.
(ai, ai, ai... minha cabeça vai explodir!)

Jens disse...

PS: você viu bem; a foto lá na Toca sou eu entre dois dos meus amores músicos-literários.

BAR DO BARDO disse...

fix por alice...

Dilberto L. Rosa disse...

Lembro-me do 'post' do dia 20 de maio do ano passado em meu 'blog' onde joguei por cima do "desaniversário"... Mas não tenho a menor pretensão de vir aqui fazer comercial, mas, sim, elogiar este seu mais-que-bem-cuidado espaço virtual: reviver Raul, Chico, Kafka e mesmo Carrol com este conto adulto transvestido de estória infantil... Já virei seguidor (ainda que só esteja me acostumando com tais idéias virtuais...)! Parabéns e desparabéns, hoje e sempre! E é só! Não, não é: como faço para pôr este 'ipod'zinho tocando música no meu espaço? Apareça, nem que seja para responder-me! Abração!

Angelica disse...

Alice no País das Maravilhas é uma das melhores histórias para as crianças que eu conheço. É trama muito interessante e personagens. Eu também gosto da roupas para cães eles usam no filme.